A economia interna aponta para um cenário positivo nos próximos anos, considerando o fortalecimento de indicadores, e a queda da volatilidade. Por outro lado, é inegável apontar que as contas fiscais precisam de uma maior atenção.
No aspecto quantitativo percebemos avanços significativos no âmbito fiscal interno, e também resultados positivos como o superávit primário e a Lei de Responsabilidade Fiscal, estabelecendo a inovação da responsabilidade fiscal para os Estados.
Mesmo considerando essa posição, que foi assumida no último governo, os resultados apontam que até o final do mandato da presidenta Dilma Rousseff não devem ocorrer reformas que possibilitem ajustes fiscais de grande relevância.
Desta forma, o corte de R$ 50 bilhões no orçamento da União anunciado este ano não deve mudar a tendência de elevação da taxa de juros até o final do exercício, considerando que esta medida deveria ter sido implementada no final de 2010, quando a economia ainda avançava a passos largos.
O efeito da meta estabelecida pelo governo, se for cumprida de forma rigorosa, deve ser percebido pelo mercado em 2012 com uma redução da taxa de juros, o que não inibe a necessidade de ajustes importantes para que tenhamos um Estados menos oneroso e com uma carga tributária mais racionalizada, reduzindo também o custo Brasil.
Com relação ao mercado de trabalho, é provável que no próximo ano, com a diminuição da temperatura na economia, o crescimento ocorra de forma moderada, freando a elevação da renda, mas mantendo os níveis de desemprego no mesmo patamar, algo que varia de 6% a 7%.
Os especialistas do mercado afirmam que as medidas fiscais devem estar em linha com a política monetária, afim de evitar que as decisões do Banco Central inviabilizem o necessário ajuste das contas públicas, o que poderia ocorrer no caso de uma frequente elevação da taxa Selic e o consequente aumento dos custos do governo, anulando o esforço de controlar a política fiscal.
E como não poderia faltar um escândalo, resta saber se com a queda do porta-bandeira da disciplina fiscal e do controle da inflação, o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, esse cenário de incógnitas econômicas será afetado e teremos como justificativa que o problema foi gerado pela interferência dos inimigos do governo.
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