“A pior empresa é a minha”

No mundo corporativo sempre vão existir pessoas insatisfeitas que pronunciam discretamente a frase acima. Sem perceber, estão alimentando algo nocivo ao seu equilíbrio emocional e tomando decisões no dia-a-dia que comprometem a sua história profissional.

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Na verdade, diante de determinadas situações, essas pessoas ficam em estado de cegueira profissional e acabam como diz o dito popular, "atirando no próprio pé". Existe uma dose de emoção muito grande na pronúncia "eu trabalho na pior empresa do mundo", pois parte da realidade fica em segundo plano quando não são analisados os impactos das questões globais de mercado, cenário econômico, elevação de custos, entre outros. O problema maior é quando essa afirmação começa a se incorporar nas pessoas como uma verdade absoluta, algo inquestionável, o pior emprego do mundo, com péssimos salários, os piores diretores e as piores tarefas.

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Problemas é claro que existem e permanecerão por um bom tempo, é preciso superá-los. Para isso, existe um preço que nem todos querem assumir, e quando se afirma que está na pior empresa é preciso fazer as seguintes perguntas: pior com relação à qual empresa? A qualidade da minha empresa é inferior em que sentido? Os gestores são profissionais incompetentes com relação a quem? A mim?

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Cuidado com as comparações!

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Quando uma afirmação comparativa é feita no aspecto negativo nem sempre a segurança é demonstrada, pois em linhas gerais existe uma profunda carga pessoal de quem afirma, principalmente quando não se tem uma base concreta. A busca de um lugar ao sol no mundo corporativo se torna irreal quando alimentamos dentro de nós a insatisfação com tudo o que nos ronda, pessoas, processos, salários, etc.

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A máquina chamada raciocínio, que produz pensamentos, exerce uma grande força sobre o comportamento e irá condicionar o nosso modelo a uma figura eternamente desconfiada e trancafiada em seus medos, passando a ver defeitos em tudo. Os ouvidos começam a ficar meio surdos, perdemos os caminhos do mapa e mergulhamos em uma grande tristeza pela incapacidade de seguir objetivos comuns ao direcionamento do negócio, pois para nós ainda estamos na pior empresa do mundo.

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Cuidado com os desmotivadores!

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Tem pessoas que deixam de tomar uma decisão porque uma outra disse que aquele emprego não é importante, que aquilo não irá levar à nada, não adianta fazer assim pois vai dar errado, jamais ganhará dinheiro nesse trabalho. Cuidado com esse sujeito!

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Enquanto não assumir um compromisso com você, estará sempre sendo guiado pelas decisões inadequadas ao seu modelo, e nesse ponto deve ter bastante cuidado para não confrontar seus ideais e planos para o futuro com pensamentos negadores e negativos.

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A proposta aqui não é defender as empresas e seus gestores a qualquer custo, mas apenas estimular que faça uma análise equilibrada e sensata da empresa que trabalha, comparando com o mercado e ramo de atividade em que estão inseridas, procurando resolver os problemas para minimizar a insatisfação e agregar um novo estimulo no desempenho de suas atividades.
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Por outro lado, se estão no trabalho como produtores de salário, a pior empresa do mundo pode ser você e a falência será apenas uma conseqüência de suas atitudes, não adianta responsabilizar o mundo por isso, se desprende e vai atrás de outra oportunidade. Porque não faz isso? Será que está na pior empresa do mundo?
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Um forte abraço!