No primeiro texto, O caminho da assertividade financeira, apresentamos a necessidade em desenvolver um plano de investimento pessoal e lançamos a enquete “Qual o seu perfil de investimento?”. O resultado apontou que 6% dos votantes encontram-se no perfil conservador, seguido de 36% moderado e 40% agressivo, fechando com 16% que não fazem investimentos.
A decisão de fazer um investimento financeiro gera perguntas na mente de qualquer pessoa. Conseguirei ter uma vida tranqüila colocando o meu dinheiro em qual investimento?
Para responder a esta questão, é preciso identificar em que perfil você está inserido, conservador, moderado ou agressivo. Pela nossa pesquisa, percebemos que 77% dos leitores que votaram estão inseridos nos dois últimos perfis, mas temos também uma parcela que não realiza investimentos.
O momento atual da economia brasileira vem despertando o interesse por investimentos em longo prazo através de opções um pouco mais arriscadas, aproximando o público do perfil conhecido no mercado financeiro como moderado-agressivo. Ocorre, por exemplo, que muitas pessoas entram no mercado de ações sem o interesse de estudar os seus movimentos e na primeira crise não buscam compreender as causas e conseqüências, ativam o emocional e saem do investimento com grandes perdas, se machucando financeiramente.
“O tempo é o elemento mais importante do investimento. Ele trás a recompensa da escolha da empresa certa. E de carona o maravilhoso efeito dos juros compostos.” Warren Buffet
Aplicar em bolsa de valores possibilita conhecer um pouco mais da história econômica do país, nos tornando mais conscientes acerca da formação da nossa sociedade. Infelizmente, alguns exemplos de que as pessoas ficam ricas da noite para o dia com ações são divulgados frequentemente, e isso faz com que grande parte dos neófitos acredite que algumas exceções sejam regras, fugindo das oportunidades de aprendizado.
Temos o público que não faz nenhum investimento, mas que gostariam de conhecer um pouco mais sobre o mercado de ações. Alguns cursos estão sendo realizados por corretoras e operadores profissionais com registro no mercado, mas inicialmente é necessário decidir se quer ou não trilhar o caminho da assertividade financeira.
O primeiro ponto a ser observado seria a idade. Não se trata de um fator discriminatório, em qualquer fase da vida pode se iniciar um investimento, mas os objetivos devem ser trabalhados de acordo com o tempo previsível. Assim, é possível definir a velocidade e o tipo de investimento mais adequado. Os mais jovens, por exemplo, que estão iniciando a carreira profissional têm uma maior propensão a correr riscos. Por outro lado, é comprovado que as pessoas mais idosas, próximas da aposentadoria, geralmente querem ter uma vida financeira mais tranqüila, preservando os recursos adquiridos, minimizando os riscos e a exposição ao mercado de rendas variáveis. Porém, como afirmei, não apostaria nesta definição como uma regra a ser seguida, pois conheço pessoas idosas que tomam atitudes financeiras muito mais acertadas do que os mais jovens.
Antes de operar no mercado é interessante se inscrever em algum simulador. O folhainvest tem o http://www.emacao.com.br/, a inscrição é gratuita e possibilita a realização de operações com cotações reais do mercado. O simulador fornece ao participante um capital virtual de R$ 100 mil e uma carteira com alguns ativos no mesmo valor, a partir daí é possível comprar e vender ações e acompanhá-las ao longo dos dias, semanas e meses.
Atualmente temos uma vasta literatura sobre o mercado de ações. Meu primeiro livro foi “Investindo em Ações: os Primeiros Passos. As dicas do Sr. Alceu”, da editora Saraiva, que pode ser adquirido por um preço que varia de 25 a 35 reais. É uma excelente obra para quem deseja encontrar um ponto de partida ou ainda os que estão iniciando seus investimentos no mercado e possuem uma série de dúvidas que precisam ser esclarecidas. A internet também disponibiliza canais de orientação a quem deseja investir em ações, no entanto, recomendo algum conhecimento da funcionalidade do mercado em conjunto com as operações no simulador até que se sinta seguro para operar de forma real.
Quando decidir operar no mercado é preciso abrir uma conta em alguma corretora, que ficará responsável em executar as operações de compra e venda das ações, diretamente com a Bolsa. Geralmente os bancos possuem corretoras, porém o ideal é pesquisar as melhores condições ofertadas no mercado, não apenas de taxas e corretagens, mas também de funcionalidade do site ou ainda outros canais de acesso como telefone.
Mas, em quais empresas investir?
Essa pergunta é extremamente difícil diante da diversidade de empresas com capital aberto, mas colocarei algumas sugestões de empresas com perspectivas interessantes de crescimento, que se preocupam com as práticas de governança corporativa, possuem alto grau de reconhecimento no mercado e boa liquidez, são as chamadas blue chips.
Nesse grupo temos as ações da Vale do Rio Doce, Petrobrás, Bradesco, Itaú, Usiminas e Gerdau entre outras que minimizam o risco do investidor, possibilitando a chance de um maior ganho frente aos fundos de DI ou poupança. Geralmente os compradores desses ativos possuem um perfil conservador e investem em longo prazo.
Existem ainda empresas que são grandes e sólidas, porém os papéis apresentam uma maior oscilação e exigem uma maior experiência dos investidores, o risco se eleva um pouco considerando que o valor pode apresentar movimentos mais agressivos.
Não quero perder nunca!
As bolsas de valores possuem ciclos de alta e baixa. Assim as quedas podem ocorrer e o investidor deve estar preparado para sair com o mínimo possível de perdas, ou continuar e esperar que retome a trajetória altista.
Nunca se deve esquecer que o investimento em ações carrega uma pequena dose de risco, porém se você escolhe empresas de baixa oscilação, com indicadores sólidos de crescimento e além desses fatores pode trabalhar com um médio e longo prazo (acima de 2 anos), não deve se preocupar muito com as crises do mercado. Aliás, nas crises, os especialistas recomendam que os investidores comprem mais ativos, em especial das empresas que tem boa valorização e apresentam quedas significativas.
Se o emocional permitir uma maior resistência diante da crise, considerando que os papéis adquiridos tenham uma boa valorização e fundamentos, é recomendável que não venda, pois assim estaria realizando uma perda desnecessária.
Momentos de crise são extremamente comuns em nossa vida e podem acontecer também nos mais diversos tipos de relacionamento, amigos, casais, colegas de trabalho, entre outros. Ocorre que temos pouca ou quase nenhuma noção de como gerenciar esses momentos e acabamos abandonando a oportunidade de compreender as suas causas e emitir um diagnóstico concreto. Assim funciona também com os investimentos, onde grande parte dos investidores operam com a emoção, não percebem os sinais do mercado, e depois lamentam-se pelas decisões prematuras.
Quem não quer realizar operações diretas com a bolsa, pode fazer parte de algum fundo de ações junto ao banco, para tanto, é recomendável que se observe sua taxa administrativa e a tabela de rentabilidade por um período mínimo de dois anos. Ao comprar ações, seja diretamente na bolsa ou através de um fundo gerenciado pelo banco, é preciso ter visão de dono da empresa, pois a ação é uma fatia do negócio. Acredito que ninguém colocaria seu dinheiro em algum negócio desequilibrado e sem perspectiva de recuperação ou crescimento.
Os seus sentimentos relacionados à crise só existem dentro de você. A relação racional com esta situação poderá proporcionar o alcance dos objetivos pretendidos, porém, a emoção bloqueia a possibilidade de compreender os reais motivos causadores da crise e desta forma as pessoas acabam tomando atitudes desacertadas, que ocasionam perdas financeiras e emocionais.
É importante que os 16% apontados no início desse texto, que não fazem investimentos, reflitam onde estarão ou onde querem estar daqui a alguns anos? Assim, é fácil perceber que a paciência e a autoconfiança são características fundamentais para quem deseja ou para quem já realiza investimentos. As perdas são necessárias para que se possa lapidar a pedra bruta e transforma-la em polida, mas não devem ser emocionais, pois neste contexto agregam sentimentos negativos.
A última dica é que não deve se apegar ao valor inicial a ser poupado para o investimento. Tenham a atitude de começar e a autodisciplina para os momentos de desejo consumista, buscando desta forma uma maior organização nas finanças pessoais.
Boa sorte a todos e mais uma vez muito obrigado por todas as contribuições encaminhadas através dos comentários!
A decisão de fazer um investimento financeiro gera perguntas na mente de qualquer pessoa. Conseguirei ter uma vida tranqüila colocando o meu dinheiro em qual investimento?
Para responder a esta questão, é preciso identificar em que perfil você está inserido, conservador, moderado ou agressivo. Pela nossa pesquisa, percebemos que 77% dos leitores que votaram estão inseridos nos dois últimos perfis, mas temos também uma parcela que não realiza investimentos.
O momento atual da economia brasileira vem despertando o interesse por investimentos em longo prazo através de opções um pouco mais arriscadas, aproximando o público do perfil conhecido no mercado financeiro como moderado-agressivo. Ocorre, por exemplo, que muitas pessoas entram no mercado de ações sem o interesse de estudar os seus movimentos e na primeira crise não buscam compreender as causas e conseqüências, ativam o emocional e saem do investimento com grandes perdas, se machucando financeiramente.
“O tempo é o elemento mais importante do investimento. Ele trás a recompensa da escolha da empresa certa. E de carona o maravilhoso efeito dos juros compostos.” Warren Buffet
Aplicar em bolsa de valores possibilita conhecer um pouco mais da história econômica do país, nos tornando mais conscientes acerca da formação da nossa sociedade. Infelizmente, alguns exemplos de que as pessoas ficam ricas da noite para o dia com ações são divulgados frequentemente, e isso faz com que grande parte dos neófitos acredite que algumas exceções sejam regras, fugindo das oportunidades de aprendizado.
Temos o público que não faz nenhum investimento, mas que gostariam de conhecer um pouco mais sobre o mercado de ações. Alguns cursos estão sendo realizados por corretoras e operadores profissionais com registro no mercado, mas inicialmente é necessário decidir se quer ou não trilhar o caminho da assertividade financeira.
O primeiro ponto a ser observado seria a idade. Não se trata de um fator discriminatório, em qualquer fase da vida pode se iniciar um investimento, mas os objetivos devem ser trabalhados de acordo com o tempo previsível. Assim, é possível definir a velocidade e o tipo de investimento mais adequado. Os mais jovens, por exemplo, que estão iniciando a carreira profissional têm uma maior propensão a correr riscos. Por outro lado, é comprovado que as pessoas mais idosas, próximas da aposentadoria, geralmente querem ter uma vida financeira mais tranqüila, preservando os recursos adquiridos, minimizando os riscos e a exposição ao mercado de rendas variáveis. Porém, como afirmei, não apostaria nesta definição como uma regra a ser seguida, pois conheço pessoas idosas que tomam atitudes financeiras muito mais acertadas do que os mais jovens.
Antes de operar no mercado é interessante se inscrever em algum simulador. O folhainvest tem o http://www.emacao.com.br/, a inscrição é gratuita e possibilita a realização de operações com cotações reais do mercado. O simulador fornece ao participante um capital virtual de R$ 100 mil e uma carteira com alguns ativos no mesmo valor, a partir daí é possível comprar e vender ações e acompanhá-las ao longo dos dias, semanas e meses.
Atualmente temos uma vasta literatura sobre o mercado de ações. Meu primeiro livro foi “Investindo em Ações: os Primeiros Passos. As dicas do Sr. Alceu”, da editora Saraiva, que pode ser adquirido por um preço que varia de 25 a 35 reais. É uma excelente obra para quem deseja encontrar um ponto de partida ou ainda os que estão iniciando seus investimentos no mercado e possuem uma série de dúvidas que precisam ser esclarecidas. A internet também disponibiliza canais de orientação a quem deseja investir em ações, no entanto, recomendo algum conhecimento da funcionalidade do mercado em conjunto com as operações no simulador até que se sinta seguro para operar de forma real.
Quando decidir operar no mercado é preciso abrir uma conta em alguma corretora, que ficará responsável em executar as operações de compra e venda das ações, diretamente com a Bolsa. Geralmente os bancos possuem corretoras, porém o ideal é pesquisar as melhores condições ofertadas no mercado, não apenas de taxas e corretagens, mas também de funcionalidade do site ou ainda outros canais de acesso como telefone.
Mas, em quais empresas investir?
Essa pergunta é extremamente difícil diante da diversidade de empresas com capital aberto, mas colocarei algumas sugestões de empresas com perspectivas interessantes de crescimento, que se preocupam com as práticas de governança corporativa, possuem alto grau de reconhecimento no mercado e boa liquidez, são as chamadas blue chips.
Nesse grupo temos as ações da Vale do Rio Doce, Petrobrás, Bradesco, Itaú, Usiminas e Gerdau entre outras que minimizam o risco do investidor, possibilitando a chance de um maior ganho frente aos fundos de DI ou poupança. Geralmente os compradores desses ativos possuem um perfil conservador e investem em longo prazo.
Existem ainda empresas que são grandes e sólidas, porém os papéis apresentam uma maior oscilação e exigem uma maior experiência dos investidores, o risco se eleva um pouco considerando que o valor pode apresentar movimentos mais agressivos.
Não quero perder nunca!
As bolsas de valores possuem ciclos de alta e baixa. Assim as quedas podem ocorrer e o investidor deve estar preparado para sair com o mínimo possível de perdas, ou continuar e esperar que retome a trajetória altista.
Nunca se deve esquecer que o investimento em ações carrega uma pequena dose de risco, porém se você escolhe empresas de baixa oscilação, com indicadores sólidos de crescimento e além desses fatores pode trabalhar com um médio e longo prazo (acima de 2 anos), não deve se preocupar muito com as crises do mercado. Aliás, nas crises, os especialistas recomendam que os investidores comprem mais ativos, em especial das empresas que tem boa valorização e apresentam quedas significativas.
Se o emocional permitir uma maior resistência diante da crise, considerando que os papéis adquiridos tenham uma boa valorização e fundamentos, é recomendável que não venda, pois assim estaria realizando uma perda desnecessária.
Momentos de crise são extremamente comuns em nossa vida e podem acontecer também nos mais diversos tipos de relacionamento, amigos, casais, colegas de trabalho, entre outros. Ocorre que temos pouca ou quase nenhuma noção de como gerenciar esses momentos e acabamos abandonando a oportunidade de compreender as suas causas e emitir um diagnóstico concreto. Assim funciona também com os investimentos, onde grande parte dos investidores operam com a emoção, não percebem os sinais do mercado, e depois lamentam-se pelas decisões prematuras.
Quem não quer realizar operações diretas com a bolsa, pode fazer parte de algum fundo de ações junto ao banco, para tanto, é recomendável que se observe sua taxa administrativa e a tabela de rentabilidade por um período mínimo de dois anos. Ao comprar ações, seja diretamente na bolsa ou através de um fundo gerenciado pelo banco, é preciso ter visão de dono da empresa, pois a ação é uma fatia do negócio. Acredito que ninguém colocaria seu dinheiro em algum negócio desequilibrado e sem perspectiva de recuperação ou crescimento.
Os seus sentimentos relacionados à crise só existem dentro de você. A relação racional com esta situação poderá proporcionar o alcance dos objetivos pretendidos, porém, a emoção bloqueia a possibilidade de compreender os reais motivos causadores da crise e desta forma as pessoas acabam tomando atitudes desacertadas, que ocasionam perdas financeiras e emocionais.
É importante que os 16% apontados no início desse texto, que não fazem investimentos, reflitam onde estarão ou onde querem estar daqui a alguns anos? Assim, é fácil perceber que a paciência e a autoconfiança são características fundamentais para quem deseja ou para quem já realiza investimentos. As perdas são necessárias para que se possa lapidar a pedra bruta e transforma-la em polida, mas não devem ser emocionais, pois neste contexto agregam sentimentos negativos.
A última dica é que não deve se apegar ao valor inicial a ser poupado para o investimento. Tenham a atitude de começar e a autodisciplina para os momentos de desejo consumista, buscando desta forma uma maior organização nas finanças pessoais.
Boa sorte a todos e mais uma vez muito obrigado por todas as contribuições encaminhadas através dos comentários!
5 comentários:
Bom dia!
Florêncio com certeza se não ajustarmos o consciente às finanças o futuro será uma decadência, uma vez que para investir como vc mesmo disse precisa arriscar e nos privarmos da vaidade materialista que assola grande parte das pessoas. Realmente o momento é agora, porque bons frutos serão colhidos no futuro é como dizem;"É dando que se recebe", e assim investiremos hj e colheremos amanhã.Um abraço, mais uma vez vc arrasou na enquete, um big beijo para vc e Berta.
Luanna
Florencio, acabei de ler seu texto e mais uma vez quero te dar os meus parabens... Também gostei muito título, "Paciência, autoconfiança e disciplina no caminho das decisões"
A dica do Livro “Investindo em Ações: os Primeiros Passos, Foi realmente uma ótima idéia para as pessoas que estao realmente interessadas em eniciar investimentos no mercado de ações. Abraços!!
Amigo, excelente matéria a cada dia percebe-se que vc esta mostrando-se um grande conhecedor do asssunto, parabens pelo empenho e dedicação continue assim e bons investimentos.
Um abraço.
Manoel
Grande Flrêncio, em breve meu sócio na nossa futura empresa, rsrs, adorei o texto, obrigado por ter dado continuidade a este Blog tão oportuno, fico esperando os próximos dois textos da sequência. Acho que seria bacana disponibilizar para os leitores aquela tabela que usamos para acompanhar nossas compras, variações e alienações de ações. "Um bom investidor é sempre um bom escriturador" Fonte: Eu mesmo! rsrs. Abraços e sucesso!
Caro amigo,
Está existindo uma coerência enorme aplicada a cada sequência de texto. Esse ponto é autamente favorável uma vez que é percebido a seriedade ao explanar desde as abordagens bases as mais complexas. A bolsa de valores por si é volátil porém isso não significa que não exista estratégias de manutenção do capital investido, é onde entra todos esses pontos muito bem abordados no seu texto.
Um forte abraço e sucesso sempre
Andrezza Pinheiro
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